Maldivas



Marco Polo descreveu-as como “a flor das Índias”, quando as viu ao longe, em pleno oceano Índico. Outros descrevem-na como o paraíso na terra. Falamos das Maldivas, as ilhas que, no seu conjunto, parecem formar uma coroa de flores. Daí que o seu nome, proveniente de uma palavra em sânscrito, signifique “grinalda”. Mas mais do que um nome, as Maldivas apaixonam quem lá vai graças às praias paradisíacas, às águas translúcidas e transparentes, aos peixes de mil cores, aos corais e às palmeiras exuberantes. É também um dos seus destinos de sonho?

 

 

 


Um paraíso único no mundo

No total são 1190 ilhas de corais em pleno oceano Índico, agrupadas numa cadeia de 27 atóis. Destas ilhas, só 250 são habitadas, sendo que a maior, Male, é a capital. É provável que as Maldivas venham a desaparecer no futuro, graças ao aquecimento solar. Daí que convém apressar-se a visitar este paraíso onde todos os tons de azul parecem convergir. Se pensou que já viu beleza natural, aqui tudo supera as expectativas, desde o profundo azul turquesa do mar, às barreiras de corais únicas no mundo, uma intensa e exótica fauna marinha, aos desenhos formados pelos atóis. Tanto que quem conhece não se cansa de dizer que se trata de um paraíso por explorar, único no mundo.
O aeroporto principal fica em Male, onde aterram os aviões vindos dos quatro cantos do mundo. Depois a viagem continua de hidroaviões rumo ao seu destino de sonho. Cada resort ocupa uma ilha do arquipélago.

 


O que fazer durante o dia

As Maldivas é o destino de férias ideal para os amantes de praia, de sol e de mar. Se é o seu caso, então não vai ficar desapontado. É também o destino ideal para quem procura paz, descanso e conforto, pois regra geral os resorts oferecem bangalows ultra chiques onde se pode gozar de total privacidade, numa ilha praticamente deserta. Por isso os dias são passados numa espécie de culto ao lazer, fazendo aquilo que mais gosta: ler, nadar, mergulhar, conversar com os poucos habitantes das ilhas, que regra geral são bastante simpáticos e amigáveis. Mas o grande atrativo é o mar, uma espécie de grande aquário a céu aberto, com peixes coloridos, peixes grandes e pequenos, tubarões e muito mais. Não precisa de pôr os óculos de mergulho para os ver, basta entrar na água cristalina. Outra imagem de marca são os “dodis”, os barcos tradicionais de pesca das Maldivas, com a proa levantada em forma de arco, uma silhueta que recorta o mar azul. Este é o meio de transporte por excelência para se deslocar entre o atol. Ou pode optar pelo hidroavião, a forma mais fácil de se deslocar entre as ilhas.
Este é ainda o local certo para os amantes de mergulho: vê-se tartarugas, crustáceos, peixes, tubarões-baleia, raias e um sem fim de outras espécies. Nas ilhas existem condições excecionais para fazer mergulho e snorkeling, por isso aproveite.

 

Male, a capital

Male é a pequena capital do país. Tão pequena que tem cerca de dois quilómetros quadrados e é raro ver-se um carro a circular por lá. A maior parte das pessoas deslocam-se a pé, de mota ou bicicleta. Os aviões internacionais aterram na ilha de Hulhule, um dos bairros de Male (são seis no total). Daqui apanha-se um barco para ir de uma ilha para a outra, que é como quem diz de um bairro para o outro. Não há muito para ver, pois isso duas ou três horas chegam bem para conhecer o principal, como o mercado local onde se vende fruta e legumes à beira do cais. Outro sítio a visitar é o mercado do peixe. O centro islâmico é o ponto alto da cidade, com a mesquita, salas de aula e um centro de convenções. A Grande Mesquita pode ser visitada das 9h00 às 17h00. O palácio presidencial Mulee-aage foi construído pouco antes da Primeira Guerra Mundial e é a residência do presidente das Maldivas. Pode ainda visitar-se o Museu Nacional que exibe objetos antigos que pertenceram aos monarcas e o Parque do Sultão.

 

Um pouco de história

Os ilhéus são muçulmanos e seguem à risca as leis do Islão. Ao longo dos anos, as ilhas foram recebendo a influência dos marinheiros dos países do Mar Arábico, dos piratas de Mopla provenientes da costa de Malabar e que hoje em dia forma o estado indiano de Kerala. Mas também por lá passámos nós, os portugueses, bem como os britânicos. Esta mistura de culturas e de povos ainda hoje se reflete nos seus habitantes. O país é relativamente pequeno, com cerca de 320 mil habitantes.