A capital da República Checa é uma das mais ricas em estilos arquitectónicos de toda a Europa: cada bairro, cada rua parece ter a marca de uma época e, por vezes, a assinatura de um arquitecto.

Percorrer a cidade antiga de Praga é um desfilar quase contínuo de obras intemporais, num espaço relativamente concentrado.

Praga é, antes de mais, um verdadeiro catálogo de arquitectura. Vlado Milunc e Frank Ghery - este último, criador do Museu Guggenheim de Bilbau - acrescentaram-lhe mais uma página com o seu Tancici Dum (Edifício Dançante), que nasceu num dos raríssimos locais da cidade antiga onde foram autorizadas construções.

Como se não bastasse, esta cidade também é uma das raras no mundo onde é possível ver arquitectura cubista, de vivendas a casas geminadas, assim como blocos de apartamentos - as típicas formas cúbicas ou de diamante que sublinham janelas e telhados podem ser admiradas nas ruas adjacentes à colina de Vysehrad, ou mesmo no próprio edifício do Museu do Cubismo Checo.



Uma visita a Praga não fica completa sem a vista, digna de postal ilustrado, sobre o rio Vlátva e as suas pontes; da colina arborizada de Letná, abrangemos o horizonte eriçado de torres e cúpulas e, mais uma vez, deparamos com o contraste: um edifício construtivista, de aço e vidro, apresentado e premiado na Expo de Bruxelas de 1958, sobressai do arvoredo do parque.


Se juntarmos a esta riquíssima história arquitectónica, o facto de que nem guerras nem fenómenos naturais danificaram seriamente a cidade, compreendemos porque é que hoje Praga tem qualquer coisa para mostrar a quem gosta de castelos góticos, igrejas barrocas ou arquitectura modernista - e também cervejarias das mesmas épocas, onde podemos sentar-nos em vetustas mesas de madeira, uma caneca dourada na frente, e descansar depois de um dia neste cenário fabuloso, que tem tanto de histórico como de contemporâneo.